Mais um prefeito empossado no dia primeiro de janeiro de 2025 se transformou em alvo de investigação e denúncia por irregularidade na campanha eleitoral do ano passado. Dessa vez, o alvo da Polícia Federal é o prefeito de Campos Sales, Moésio Loiola, do PSB, que, ao lado do vice-prefeito Solano Feitosa, também, do PSB, foi denunciado por crimes eleitorais e respondem, ainda, por associação criminosa e falsidade ideológica.
A delegada Josefa Maria Lourenço da Silva, ao oficializar o indiciamento dos dois gestores de Campos Sales, destaca a existência de indícios suficientes de autoria e materialidade de que os investigados cometeram atos ilícitos.
As provas colhidas no processo são graves: de acordo com o inquérito da Polícia Federal, as investigações foram deflagradas a partir da prisão em flagrante, no dia 6 de outubro de 2024, de sete pessoas que se deslocavam para o Distrito de Carmelópolis, na zona rural de Campos Sales, por suposto envolvimento na compra de votos e coação de eleitores.
DINHEIRO E SANTINHOS APREENDIDOS
Segundo a Polícia Federal, entre os presos, estavam um policial militar e um policial civil armados. Durante a operação de combate a atos ilícitos na campanha eleitoral, a Polícia Federal ainda apreendeu R$ 29,2 mil em cédulas de R$ 100, “santinhos” de campanha, veículos e oito aparelhos celulares.
TRANSAÇÕES FINANCEIRAS ATÍPICAS
A investigação aponta, também, para “transações financeiras atípicas” e “relevante quantidade de saques em espécie” ao longo da campanha eleitoral. Por meio de nota, antecipada pelo Diário do Nordeste, Moésio afirma que sempre pautou a vida pública e política pelos “princípios republicanos’’.
NOTA DE MOÉSIO LOIOLA
Agora, vejo meu nome vinculado a um processo, que também inclui meu parceiro de chapa, Dr. Solano. Nem eu e muito menos ele tivemos qualquer participação, envolvimento ou colaboração com qualquer ilícito eleitoral. Mesmo assim, e aceitando os comandos da justiça, além de colaborarmos com o processo, iremos exercer o direito constitucional da ampla defesa e do contraditório, a partir da provocação judicial.
Tudo a seu tempo, e assim será com relação a tudo que agora é afirmado contra pessoas que todos vocês conhecem no dia a dia da cidade: cidadãos e cidadãs que não têm por ofício o crime, que não têm histórico de ações criminosas, muito menos violentas, e que não agiram em prol da ilegalidade, independente sob qual argumento fosse.
Também é muito importante a atenção de todos vocês quanto ao terrorismo que se tenta instalar na cidade, ameaças a pessoas de denúncias do que não fizeram, acusações infundadas e levianas, e todo tipo de perfídia (deslealdade, infidelidade, traição) contra pessoas de bem.
Espero estar falando com o coração de cada um dos senhores e senhoras, e que, no final, a verdade acima de tudo prevaleça.
Por fim, destaco que tenho sido procurado por setores da imprensa pedindo uma manifestação de minha parte, e assim, com esta peça, acredito estar informando o que é possível por agora. Até porque, segundo consta, existe um inquérito e um processo em curso, e falas demais podem prejudicar os seus regulares cursos.
Fonte: Ceará Agora